Quando sabe-se menos.

A partir do momento em que a significação surge nas palavras de um texto, na exata precisão de ideia, nasce a sabedoria. A leitura, a elucidação e a compreensão provocam a emancipação da sabedoria alheia. Trata-se então da sabedoria íntima que se subtrai, uma concepção pessoal que acaba de ser preenchida por outro, uma possibilidade de vislumbre inédito que se anula, desaparece. Então, quando isso ocorre, estamos a saber menos do que o nosso egoísmo idealizou.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Deve ser o amor

Deve ser o amor
que transforma o estado de espírito
em modo de vida.

Deve ser o amor
que faz sua distância insuportável,
incoerente e lamentável.

Deve ser o amor
que acelera o peito, saliva e boca
e implora um beijo.

Deve ser o amor
aquele que impulsiona
e devora.

Deve ser o amor
que releva as manias presentes
e os vícios atraentes.

Deve ser o amor
uma força maior, conjunção dos corpos,
desenlace de um encaixe.

Deve ser o amor
que torna suas promessas, ainda imaturas,
em um futuro plausível.

Deve ser o amor
que pinta seus olhos na mais bela
das paisagens.

Deve ser o amor
que deixa esse perfume e se deixa
levar.

Deve ser o amor
que faz de meu desejo um  presente
que sempre há de chegar.

Acredite amor
deve ser o amor.
Pois se não for,
deve ser você.

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